Sp. Braga 1 - 1 Sporting

Braga e Sporting defrontaram-se esta noite no Municipal de Braga, no jogo de apresentação do clube da cidade dos arcebispos. Uma análise global ao jogo é quase impossível uma vez que a primeira e a segunda parte foram de tal modo diferentes que poderiam ser facilmente confundíveis com dois jogos.

O Sporting alinhou com Tiago na Baliza, Abel, Tonel, Polga e Ronny na defesa, Paredes, Moutinho, Martins e Romagnoli no meio campo e com Liedson e Carlos Bueno na frente de ataque. Paulo Bento apostava no avançado uruguaio para jogar ao lado de Liedson mas o “El Loco” acusou ainda falta de forma física, esforçou-me muito, envolvendo-se inclusive nas acções defensivas mas cansou-se muito rapidamente, sendo substituído ao intervalo.

Na primeira parte o domínio pertenceu ao Sporting que, salvo uma hesitação defensiva de Polga e Tiago (que acabaria por originar o golo bracarense), foi dono e senhor do jogo. O Braga apresentava um futebol organizado incapaz de furar a nossa defesa até que, pouco antes da meia hora de jogo, Luís Filipe centra na direita e Zé Carlos, perante a hesitação de Anderson Polga e Tiago cabeceou para o fundo das nossas redes. O Sporting respondeu bem e 5 minutos depois, após um trabalho magistral de Romagnoli (para mim, o melhor leão em campo) na esquerda, Carlos Martins rematou de fora da área e Paulo Santos mandou um frango de todo o tamanho. O golo não foi o mais bonito do mundo mas repôs a justiça no resultado. Até ao intervalo, destaque para duas perdidas de Liedson que fez o que não costuma fazer, permitir a defesa quando se encontra isolado.

Para a segunda parte o Sporting só efectuou uma alteração, saiu o esgotadíssimo Bueno para entrar Deivid. Pelo seu lado, o Braga efectuou 7 alterações e transformou por completo o desafio. Pela primeira vez nesta pré-temporada, uma equipa foi capaz de nos causar verdadeiros calafrios. Aproveitando a velocidade dos seus extremos e o desnorte defensivo de uma dupla de centrais leoninos irreconhecível (com o destaque negativo a ir principalmente para um Polga muito faltoso), o Braga fez diversas jogadas pelas alas que acabavam nos pés da sua linha avançada. Valeu-nos um Tiago bastante inspirado que conseguiu tirar o pão da boca a Vandinho e a João Pinto. O Sporting apresentou-se bastante apático durante todos os 45 minutos e só fomos capazes de causar perigo através de um livre de Carlos Martins. Só não digo que esta segunda parte é para esquecer, porque é importante retirarmos algumas notas sobre o modo como o Braga foi capaz de causar perigo. É necessário corrigir estes erros perante equipas com extremos velozes.

Os reforços:

Ronny – Mais uma exibição bastante apreciável, muito seguro a defender e bom na transição defesa – ataque.
Paredes – Bastante bem na primeira parte. A jogar a trinco foi o pêndulo autêntico da nossa equipa. A sua performance foi-se esvanecendo na 2ªparte quando, à medida que o tempo passava, ia acusando cansaço. Nos últimos 15 minutos voltou a aparecer a médio interior direito do losango do meio campo e deu muito melhor impressão que frente ao benfica.
Bueno – Tal como já referido, esforçou-se muito mas nota-se falta de forma física bem como de entrosamento com Liedson.
Miguel Veloso – Apareceu nos últimos 15 minutos na posição de trinco. Uma boa surpresa que me leva a crer que, num cenário cataclista de uma lesão simultânea de Custódio e de Paredes, há alternativas para aquela posição.
Yannick Djaló – Hoje jogou atrás dos dois avançados e foi muito mais discreto. Claramente, neste momento, faz a diferença é no ataque, à frente do losango e não dentro dele.