Sporting 3 – 2 Boavista: A noite e o dia

É uma boa frase para caracterizar este jogo. Uma vez que na pré-época já tínhamos demonstrado um nível de forma superior ao normal para esta altura do ano, as expectativas para este jogo eram elevadas, no entanto, nos primeiros 45 minutos (a noite), o Sporting quase não existiu. Salvo nos últimos quinze minutos, o Boavista foi a equipa mais objectiva e dominante. O nosso losango do meio campo estava apático e deixou o Boavista dominar quase por completo. Foi assim que, após uma infantil perda de bola de Custódio, Zé Manel marcou o primeiro golo do jogo, golo que fez o resultado ao intervalo.

Era necessário mudar alguma coisa e Paulo Bento, além de decidir uma mudança para o equipamento alternativo, optou (e bem) por dar alguma irreverência ao nosso ataque. Foi feita uma completa renovação da nossa linha esquerda e entraram Ronny, para o lugar de Abel (com Caneira a passar para a direita) e Nani. O Sporting era uma equipa diferente e pressionava constantemente a defesa boavisteira. Aos 63 minutos, após algumas grandes chances de golo, Nani marcou o nosso primeiro golo da noite e logo de seguida, Deivid fazia o 2-1 para a nossa equipa. As coisas corriam-nos bem e passaram a correr melhor logo de seguida. Ricardo Sousa, acabado de entrar no Boavista, decidiu dar não um mas dois pontapés num braço de Carlos Martins quando este estava no chão (o segundo deles quando a bola já nem andava nas redondezas). Lucílio Baptista mostrou-lhe (e bem) o vermelho directo e o Boavista ficava com menos um elemento para tentar segurar o meio campo. Até ao final do jogo, o Sporting foi controlando o jogo e ainda chegámos ao terceiro golo, novamente por Deivid. Poderia ter sido o golo da tranquilidade mas Zé Manel, menos de um minuto depois do golo de Deivid, também bisou. Resultado final: 3-2 para nós, a exibição esteve longe de ser a melhor mas os 3 pontinhos já cá cantam!

Na próxima jornada (após os jogos da selecção), vamos à Madeira, ao campo do clube presidido pelo maior imbecil do futebol português. É um jogo difícil e onde o Sporting não costuma ter grande sorte. Numa liga com menos 4 jogos que nos últimos anos, a margem de erro é menor e, como tal, vencer lá ganha uma importância excepcional.

Uma nota para a exibição de Deivid: É incrível como uma notícia no site oficial do Fenerbahce passa de “Excelente” para “Má” num curto espaço de horas. Deivid mostrou, por poucas vezes, ser um avançado com potencial mas hoje, ao lado de Nani foi uma peça essencial na manobra atacante da nossa equipa. Não foram só os dois golos que marcou, não foi só a participação activa também no golo de Nani, foi sim a diferença que se fez sentir quando entrou para o lugar de Carlos Bueno. Bueno esteve mal, muito mal, inconsequente até. Comecei a torcer o nariz a essa eventual transferência…

foto: Reuters