30 May 2007

Sporting 2006-2007: O Balanço

Sporting 2006-2007: Vencedor da TaçaNa primeira época completa com Paulo Bento ao comando da equipa, o balanço tende para o lado positivo. A nível interno conseguimos a 2ª melhor performance possível (melhor só mesmo a dobradinha) porém, a nível externo ficámos bastante aquém dos objectivos iniciais.
Na pré-época, as vitórias nos Torneios Colombino e do Guadiana aliadas ao nome dos adversários defrontados e às boas exibições da nossa equipa, faziam com que a esperança numa época bem sucedida fosse legítima. O plantel assentava essencialmente num modelo de continuidade e o Sporting logrou manter a base que nos garantiu uma boa 2ª volta na época de 2005-2006. Neste contexto, destaco a renovação do Polga e a garantia da continuidade do Marco Caneira, que considerei (e considero) uma grande vitória, já que nos permitiu manter a defesa-tipo que em 2005-2006 sofreu apenas 2 golos (e ambos de penalty) em 10 jogos. Por outro lado, para colmatar as muitas saídas no ataque (Koke, Pinilla, Douala e, mais tarde, Deivid), foram contratados 2 avançados, Bueno e Alecsandro que não passavam de completas incógnitas. Do mesmo modo, a equipa era reforçada com o sueco Farnerud e o paraguaio Carlos Paredes.
Nos primeiros jogos oficiais, duas vitórias pela margem mínima frente ao Boavista e ao Nacional e uma vitória na Champions frente ao galáctico Inter de Milão, vieram confirmar a boa forma da equipa, no entanto, à terceira jornada do campeonato, um palhacito de nome João Ferreira decidiu relembrar-nos qual é o campeonato que disputamos. O palhacito validou um golo marcado com a mão e, consequentemente, fez questão que o Sporting sofresse a primeira derrota no campeonato. Apesar do descalabro ainda ter demorado algumas semanas, vejo esta derrota com o Paços de Ferreira como um dos pontos de inflexão na curva da performance da nossa equipa. Seguiram-se 8 jogos para o campeonato em que conseguimos 6 vitórias em 2 empates porém a quebra de forma era notória. Neste período, apenas reconheço muita qualidade no nosso empate caseiro frente ao Porto, num jogo que teve um desfecho extremamente injusto. Pelo meio, a nossa campanha na Champions começava a estar seriamente comprometida, apesar de termos empatado em Moscovo, a derrota caseira frente ao Bayern de Munique foi um osso duro de roer.
Em Dezembro chegou o descalabro, fomos derrotados em casa pelo benfica num jogo em que fizemos uma exibição paupérrima e, 4 dias depois, o Spartak veio-nos ganhar a Alvalade, colocando-nos no último lugar do Grupo B da Champions. Os níveis anímicos (tanto dos adeptos, como da equipa) caíram a pique e a necessidade de reforçar alguns sectores da equipa ganhava notoriedade. Seguiram-se duas vitórias com o Setúbal e com a Académica mas a equipa estava longe de mostrar os níveis evidenciados no início da época. Felizmente, a má forma não teve consequências na nossa deslocação à Madeira para a Taça de Portugal, onde derrotámos a União local e iniciámos a nossa caminhada para a conquista do troféu.
Graças à nova estrutura da Liga de Futebol seguiu-se uma pausa de quase um mês sem futebol. A altura poderia ser propícia para resolver o mau momento da equipa, no entanto – e apesar da entrada de Pereirinha no plantel – os primeiros jogos de 2007 mostraram que ainda havia muito trabalho a ser feito. Numa série de 6 jogos, em que a rotatividade no 11 titular foi denominador comum, empatámos cinco e só vencemos um, frente ao Nacional, num jogo em que se não fosse um inspiradíssimo Carlos Bueno, o mais provável seria uma derrota caseira. No último jogo desta série, ocorreu o segundo ponto de inflexão na performance da equipa no campeonato. O empate em Leiria foi extremamente revoltante por causa de uma exibição horrível (talvez muito bem preparada) do árbitro Paulo Costa que conseguiu, em apenas 45 minutos, não marcar dois penalties a favor do Sporting, não expulsar um jogador do Leiria por agressão, e mostrar um amarelo ao Rossato que teve como justificação um protesto que as imagens televisivas provaram não ter existido.
Após o jogo de Leiria (que, sim, devia ter sido repetido por erro técnico no lance do Rossato), Paulo Bento decidiu (e bem) apostar num 11 tipo que incluía o Abel a lateral direito, o Miguel Veloso a trinco, o Romagnoli a nº 10 e o Yannick (por vezes Alecsandro) a acompanhar o Liedson na frente de ataque. As mudanças surtiram efeito e a postura da equipa mudou. Nas 10 jornadas finais, conseguimos 9 vitórias e 1 empate, o que nos permitiu sonhar com o título durante muito tempo e, no final, garantir a qualificação directa para a Champions, tendo ficado somente a um ponto do campeão. Simultaneamente, fomos ultrapassando adversários na Taça de Portugal e, cinco anos depois da nossa última conquista oficial, a equipa assegurou que o “Caneco” referente a esta época fosse para o Mundo Sporting, constituindo, seguramente, um prémio muito justo para toda a equipa técnica e plantel.
Enfim, o campeonato acabou por ser perdido no período negro de Dezembro e Janeiro e os 4 pontos que perdemos para os despromovidos Beira-Mar e Aves acabaram por fazer toda a diferença. É verdade que os erros de arbitragem referidos, por serem tão gritantes, tiveram também alguma influência, no entanto, o campeonato é acima de tudo, uma prova de regularidade e o Sporting de 2006-2007 oscilou entre o melhor e o pior. Resta-nos esperar que os erros cometidos nesta época não ocorram na próxima. Desse modo, teremos tudo para nos voltarmos a sagrar Campeões de Portugal.

2 comments:

claudiadesena said...

O Sporting precisa é de arranjar uma equipa e um treiandor que tenhm acumplicidade a trbalhar juntos, disso n tenho duvida. Mas cm pretendem manter mts dos jogadores do plantel, julgo q isso n vai ser mt dificil. Hj sairam Tello e Nani. Tello desiludiu-me mt pois gostava mm dele, achava q era digno de representar o nosso clube e acabei por me enganar. N gosto de pessoas mal formadas e q n dão a cara. Quanto a Nani, fez bem em sair por 25 milhões. É sempre bom dinheiro p o clube e o Manchester c o tempo ira ver o barrete q levou c o miudo... Joga bem mas é mimado e precisa ainda anos p amadurecer (basta ver a situação com o empresario...).

De resto, p mim só saiam o Custodio, o Alecsandro e o Paredes. N gosto do trabalho deles e penso que conseguimos ir buscar melhor nas nossas camadas de formação e mm la fora.

Mistica Verde said...

Cláudia, em relação ao Tello e ao Nani estou plenamente de acordo.

Quanto ao resto do plantel, o jornal do Sporting já confirmou a saída do Bueno. Por outro lado, o Miguel Garcia já terá, alegadamente, um contrato com a Reggina de Itália; o Custódio parece estar de malas feitas para Moscovo e o Carlos Martins parece estar a caminho do Panathinaikos. Não discordo de nenhuma destas saídas no entanto juntava-lhe o João Alves e o Alecsandro.